segunda-feira, 23 de março de 2009

Filosófia de bar

Sei lá o que houve com o mundo, dia desses eu ri muito porque estávamos num buteco falando sobre Nietzsche, até que alguém soltou um: "Ah, eu adoro ele, porque eu li o Quando Nietzsche Chorou..." e o silêncio se fez na mesa. Ah, puta que pariu, o erro não foi da coitada da pessoa, que queria se enturmar e talvez estivesse se sentindo mal com toda aquela conversa niilista, no meio de uma pizzaria chinfrim com chopp quente. Os exóticos "éramos nozes", as criaturas falastronas e cheias de assuntos pretensamente cultos, nós é que éramos os marcianos ali, paremos de falar de Dostoiévski e vamos falar de bunda.
Valorizo o autêntico e o verdadeiro e o justo. Sem gente culta, sem dizer que moral é isso-aquilo, que o bacana é ler e não ver novela, depois a gente fica vendo novela escondidinho, ouvindo funk escondido, Deusulivre se descobrem que balançamos a bunda ouvindo a Britney e a Rihanna e que ninguém canta Inglês Embromation quando está sozinho. Fodam-se os intelectualóides, porque no fim das contas, somos isso mesmo: vendidos, falsos, fazemos de conta que nossas contas estão em dia, que nunca roubamos, que nunca traímos, que a nossa barriga é assim mesmo como na foto, não era pose, não, não encolhemos a barriga, não era photoshop. Isso é a verdadeira vergonha.
Meu slogan agora é um lance Sato-terapia: O que é que vende? Bunda vende? Mostra a bunda!
Paremos de fazer-de-conta que somos engraçados e bacanas e legais, quando no fundo o que a gente pede é um pouco de atenção. Paremos de fazer-de-conta que nos preocupamos com o a inteligência, foda-se a inteligência e os bons modos, a gente quer é ir sambar na Sapucaí semi-nua, peitão siliconado, milhões de flashs estourando e todo mundo dizendo que somos gostosas. Meu conselho de hoje: Não valorize demais uma mulher com cérebro e não dispense uma mulher com bunda.

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